sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vencendo a tentação

Rafael e Pedro estão me ajudando no meu processo com tratamento de choque. Toda sexta feira rola todo tipo de tentação. Semana passada foi sorvete e chocolate hershey... Hoje foi chocolate bis, hershey e quase rolava salgadinhos de queijo, presunto e salsicha... =)

Olha a cara dos torturadores (são altamente perigosos):

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quase vegan day

Hoje foi uma terça feira e eu não tinha obrigação da sexta feira... podia ter comido besteiras o dia inteiro com a desculpa de que estava me despedindo. Faz menos de uma semana que decidi, menos de uma semana que venho colocando em prática meus planos, mas hoje já me senti diferente. A tarde senti fome e tive o cuidado de procurar algo vegano para comer. Fui ao mercado e não procurei meu biscoito preferido... fiquei lendo rótulos, conhecendo minhas futuras "únicas" opções. Comprei biscoitos veganos e peguei o chocolate que costumo comprar para a Cida. A noite fomos a pizzaria. Chegando lá fui ao banheiro enquanto escolhiam... eu sabia que pegariam apenas opções veganas, nem quis opinar. Ao sair do banheiro ela me falou "Paty, será uma surpresa o sabor da pizza, nem vou te falar antes"... Eu nem queria saber. Quando chegou, peguei o pedaço e coloquei no meu prato. Massa, molho, azeitona preta, cebola, pimentão, champignon. Sabe qual desses ingredientes eu estou acostumada a comer? Só a massa... e o molho escondido no gosto do queijo. Esta não tinha queijo... Eu cortei o pedaço e levei a minha boca com todos os ingredientes juntos, numa única garfada. Até mesmo a cebola que eu costumava separar no canto do prato ao comer minha pizza calabreza. Não vou dizer que adorei o sabor de primeira. Achei estranho, mas comi mesmo assim. Na terceira garfada já não era tão estranho assim. Ao terminar, experimentei a de tomate seco e rúcula. Achei o gosto mais forte, não gostei muito. De repente a primeira pareceu deliciosa, corri para pegar o outro pedaço. É incrível como nosso paladar muda de uma hora para outra. É incrível como temos controle de tudo no nosso corpo. Até de nossas emoções, sensações, gosto... basta querer. Eu quis experimentar. Eu quis gostar. Eu quis conhecer o que será minha escolha de sabor daqui para frente e foi assim que recebi aquele novo sabor. Depois iniciamos uma longa conversa sobre veganismo, sobre as escolhas difíceis, o que é necessário abrir mão... e como no fundo no fundo não é tão difícil assim abrir mão. Tudo é questão de costume. E a gente se acostuma a tudo... é só querer. Vencendo essa primeira resistência que é nosso apego aos nossos costumes, todo o resto se torna muito fácil. E pensar que só estamos abrindo mão de certo sabor na nossa comida para que um animal não precise morrer, nosso ato heróico passa a ser ridículo... não estamos fazendo nada demais, nosso sacrifício nem é tão grande assim... é o mínimo que poderíamos fazer por estarmos aqui dividindo este planeta tão cheio de recursos para todos nós.

Tratados como “animais”?

Questão de ética – Sônia T. Felipe
(texto publicado originalmente em 17 de maio de 2010 na ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais - www.anda.jor.br)

Humanos são libertados de um campo de trabalho forçado, uma colheita de erva-mate no oeste catarinense, numa ação do ministério do trabalho. Os cortadores de erva-mate haviam sido alojados num chiqueiro, onde não havia instalação alguma que pudesse oferecer a eles conforto e bem-estar após um dia de trabalho. Eles não tinham carteira de trabalho, eram escravizados. Não tinham qualquer autonomia ou proteção para fazer com que as leis que regem os atos de prestação e contratação de serviços ou de trabalho fossem respeitadas.

A imprensa noticiou, com fotos, as condições do “alojamento” no qual se instalavam para cozinhar e dormir, nos seguintes termos: “tratados como animais”. Para um leitor desavisado, a tradução do que foi feito a esses trabalhadores parece justa: “tratados como animais”. O que isso significa? Que o tratamento de ser jogado, à noite e no horário de cozinhar a comida, num chiqueiro, rebaixa os humanos, porque somente com animais é que se pode fazer isso? Se alguém concluir pelo sim, está raciocinando sobre falsas premissas.

Primeiro, é preciso que se diga que os lugares nos quais os animais são confinados pela indústria da carne, laticínios e ovos não são dignos dos “animais”. Explico. Os animais são um tipo de ser que, ao nascerem, têm o suprimento cortado. Nascer, portanto, representa, para todas as espécies animais, uma ruptura dolorosa. Ela tem dois tons: por um lado, a dor de não ser mais nutrido e higienizado naturalmente pelo ambiente placentário. Por outro lado, a libertação que o rompimento do fornecimento de nutrientes representa, que constitui a base sobre a qual cada animal começa a formar seu espírito. Esse espírito ou mente responde agora, após o nascimento, pelo aprendizado do autoprovimento e da higiene específica, sem a qual não há saúde nem longevidade.

Enjaular, acorrentar, cercar um animal, não importa a espécie à qual ele pertença, representa, para ele, o pior tormento. Sem a liberdade de buscar com seu corpo e no seu próprio ritmo os meios dos quais seu organismo depende para manter-se saudável, o animal fica privado da autonomia prática, justamente aquela que lhe dá chance de formar a mente que acompanhará a manutenção de seu corpo até o momento da morte. Mas, para poder prover-se livremente, é preciso que o animal possa viver no ambiente propício à sua espécie.

Para poder ter saúde e alegria de viver, o animal precisa ter os meios para prover a limpeza diária do seu corpo. O corpo é a ponte que liga o ser vivo ao ambiente, recebendo deste a matéria alimentar da qual se nutre, e o religa a esse mesmo ambiente, quando excreta os resíduos após o aproveitamento. Se o que entra deve ser livre de contaminação, para que não se perca a saúde, o lugar onde se deposita a matéria excretada não pode ser o mesmo no qual se introduz a matéria alimentar. Se não houvesse distinção necessária, nosso tubo digestivo teria apenas uma das duas aberturas. Temos duas aberturas, e um espaço razoável separando-as, justamente para que não nos confundamos. Isso não é privilégio do corpo de um humano. Somos todos animais.

A produção de animais em escala industrial se faz levantando-se paredes ou instalando-se cercados, baias, currais, chiqueiros, gaiolas, nos quais centenas, milhares de animais são colocados juntos, porque mantê-los dispersos encareceria o preço do produto final ao qual sua vida foi destinada. Ao se proceder desse modo, tira-se do animal o ambiente natural no qual seu corpo e sua mente poderiam desenvolver-se e viver bem, cada espécie a seu próprio modo.

Uma das formas mais primárias de manter-se saudável é a higiene. Cada animal, seguindo os padrões de sua própria espécie, mantém uma atividade de auto-higienização diária, sem a qual seu corpo seria tomado por todo tipo de parasita ou bactéria. Ser animal significa ter a responsabilidade de limpar-se a todo momento. Cada espécie tem suas próprias estratégias de autoprestação desse serviço. Se tiramos de um animal a liberdade de prover a higiene de seu corpo a seu modo, tiramos dele parte da autonomia prática relativa aos cuidados de si. Quando privamos um animal disso, “deixamos de tratá-lo como a um animal”. Era esse o ponto ao qual eu queria chegar.

Ao indignar-se com os maus-tratos sofridos pelos trabalhadores da empresa de produção de erva-mate, e ao traduzir a injustiça praticada contra eles, definindo-a como tratamento que se dispensa a animais, a imprensa erra, ao passar ao leitor a ideia de que animais, seja lá de quais espécies forem, podem ser alojados em chiqueiros, sem que isso cause indignação, como se fosse confortável para os animais serem forçados a viver no mesmo lugar onde defecam, a comer no mesmo ambiente onde defecam, a dormir no mesmo ambiente onde defecam, a descansar no mesmo ambiente onde defecam. O chiqueiro é a forma mais brutal de violência contra a mente dos porcos, porque eles, naturalmente, não comem no mesmo lugar onde defecam.

Tratar qualquer animal, não humano ou humano, como se “fosse um animal”, tirando dele tudo o que é necessário para que sua vida alcance o nível de bem-estar e do estar bem nela que sua espécie possibilita, é algo indigno do animal. Quem o faz tira de si a dignidade de ser aquele animal que entende o valor da liberdade física para prover-se a si e aos seus de modo limpo, salutar e prazeroso. Somos todos animais. E ninguém merece ser tratado de modo a que essa condição, a de termos um corpo do qual temos que cuidar com alegria e gratidão, pois é ele que permite que nos sintamos gratos por estarmos vivos, seja justamente a fonte de toda dor e sofrimento. Nem os porcos, galinhas, vacas, bezerros, nem os trabalhadores braçais merecem ser tratados como se seu corpo nada representasse para eles.

Os escravizados pela ervateira não foram tratados como animais. Animais precisam de liberdade para prover-se e cuidar de si. Eles sequer foram tratados como máquinas cortadeiras de erva-mate, porque estas, com certeza, ao final da jornada são higienizadas e mantidas, alojadas contra intempéries, têm o óleo trocado, as engrenagens lubrificadas. Eles foram tratados como coisas desprezíveis, descartáveis quando findasse a colheita da erva-mate. Nem os humanos, nem animais de qualquer outra espécie merecem ser considerados apenas em sua materialidade, como se fossem meros vivos-vazios, para uso e descarte alheio.

Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=62502

sábado, 24 de julho de 2010

Descoberto o Santo Graal do Veganismo

Parece ser definitivo! Acharam o Santo Graal do veganismo, ao que parece a façanha foi feita pela Canadense Daiya Foods e atende pelo nome de Daiya Cheese, com uma ajudinha tupiniquim muito especial. Bem estou falando da mussarela 100% vegana, que derrete, tem gosto de queijo serve para todo e qualquer uso que se daria a versão feita com leite de vaca, mas é feita a base de mandioca natural do Brasil.



A fórmula exata é segredo industrial é claro, minha aposta é que usam algo a base de polvilho, pois os populares tofupirys que fazemos por aqui usam polvilho para dar um gostinho de queijo e também melhorar a textura quando assado. cruzer_pizza_2



Tudo indica que esta empresa vai fazer milhões explorando o mercado de intolerantes a lactose e veganos que é farto nos Estados Unidos, Canadá e possivelmente Europa.

Nos resta apenas torcer para que a novidade chege logo por aqui, seja através de um licenciamento para produção local, ou por importação (o que ia deixar muito caro o produto).

Segundo relatos em diversos blogs é possível ver que o tal queijo engana/agrada até os mais exigentes amantes de queijo, não se trantando de mais uma imitação meia boca feita para os conformistas.

As pizzas mostradas nas fotos desta matéria são de peperoni vegano (não são carne).

Alex Fernandes

Fonte: www.guiavegano.com.br/vegan/veganismo-e-libertacao-animal/descoberto-o-santo-graal-do-veganismo-2

Veganismo

Autor: Dr. George Guimarães Veganismo é vida saudável

O veganismo é, acima de tudo, uma escolha por uma vida saudável, não apenas do ponto de vista de saúde, mas também social e moralmente. É saudável para quem pratica, é saudável para o meio ambiente que é poupado do peso da produção de alimentos de origem animal e, obviamente, é saudável para os animais que são criados e mortos para alimentar pessoas.


Dieta Saudável

Os benefícios de uma dieta vegano continuam a ser revelados a cada dia em estudos científicos e em experiências individuais.

Uma dieta isenta de produtos de origem animal é isenta de colesterol, baixa em gordura (especialmente gordura saturada) e rica em fibras, vitaminas e minerais. Isto significa uma enorme diminuição no risco de doenças como arteriosclerose, infarto, derrame, diabetes, câncer, constipação, entre outras. Além disto, por eliminar alimentos altamente contaminados por antibióticos, hormônios, pesticidas, além de alimentos alergênicos como o leite, este estilo alimentar também evita o surgimento de diversos tipos de alergias e intolerâncias. A dieta vegano também é geralmente baixa em calorias, o que significa um melhor controle de peso e a distância dos desconfortos causados pela obesidade.


Veganismo e Violência

Há muitos motivos para se adotar um estilo de vida vegano e também são muitas as formas em que o veganismo é expresso, mas o veganismo pode ser sempre definido da seguinte maneira: um estilo de vida que evita toda forma de exploração e violência, sejam estas contra animais, humanos ou o planeta no qual vivemos.

Poucos são aqueles que se iniciam no veganismo por uma questão meramente de saúde, apesar deste ser um aspecto importante deste estilo de vida e um dos melhores argumentos em seu favor.

O aspecto ambiental atrai a atenção de muitos que entram em contato com o veganismo pela primeira vez, recebendo a aprovação mesmo daqueles que se recusam a adotá-lo. O fato de mais alimentos vegetais poderem ser produzidos no mesmo espaço e com a utilização de menos recursos quando comparados com a produção de alimentos de origem animal é, dos argumentos em favor do veganismo, certamente o mais lógico e irrefutável.

No entanto, o maior número de pessoas que abraçam o veganismo é composto por aquelas que se sentem tocadas ao saberem que sua alimentação até então era dependente do sofrimento de animais inocentes, mortos para satisfazer uma necessidade que elas agora sabem não ser essencial. O despertar pode vir no contato com o bezerro no sítio do amigo, ao saber que em muitos países asiáticos os cachorros são considerados uma iguaria e então perceber que seu animal de estimação poderia ser o jantar de alguém, ou na descoberta tardia de que seu pintinho de estimação na infância -aquele que crescera demais para continuar morando em casa e sua mãe disse ter mandado para a chácara do tio- houvera, em realidade, tido seu fim naquele almoço de domingo (do qual você também participou). Uma visita ao matadouro também costuma dar um empurrãozinho para cair a ficha.

Enfim, a descoberta da realidade sempre traz consciência e a consciência sempre traz moralidade. Imagine a confusão de valores pela qual passa uma criança que tem que aprender que o boi, o porco, a galinha, tão dóceis e amáveis, são os heróis de seus filmes favoritos e, ao mesmo tempo, são também o seu jantar. "Como assim? Amigo e jantar ao mesmo tempo?" A criança pode não buscar descobrir, em um primeiro momento, como o seu herói ou amigo foi parar no prato de jantar. Talvez ela busque em sua fantasia uma forma "amigável" de se tornar jantar. Talvez eles sejam tão amigos e amáveis que eles voluntariamente sacrificam-se para alimentar seu amigo humano. Um verdadeiro ato de heroísmo! Mas eles logo buscam a verdade, quanto mais perto da realidade, mais perto da consciência.

A criança pode lidar com uma explicação fantasiosa de como uma parte de um boi foi parar em seu prato, mas a realidade nua e crua de um matadouro não deixa espaço para fantasias. É consciência instantânea: comer um animal após ter visto um matadouro está imediatamente fora de questão. É natural perceber que algo est'aerrado. Faça um experimento simples: coloque uma maçã e um coelho no quarto da criança e deixe-a a sós com eles. Entre após alguns minutos e veja quem vai ser comido e quem vai ganhar um nome e um penteado novo.

Situações como estas que confundem um personagem de história infantil com um alimento congelado, heroísmo com sofrimento, docilidade com violência, acabam por distorcer valores em formação pela criança.

Diversos estudos já demonstraram a relação entre violência animal e violência humana. Aqui está um bom exemplo: serial killers têm, em 90% dos casos, história de maus tratos com animais na infância. O desprezo pela vida de um animal acarreta na perda pela santidade da vida humana. Crianças aprendem valores de compaixão e respeito através da relação que elas têm com os animais. Compaixão pelos animais, compaixão pela humanidade. Se animais podem ser mortos para satisfazer uma necessidade, então qualquer forma de vida pode também.

É claro que isto não se manifesta largamente na sociedade, pois existem regras sociais e de comportamento às quais aprendemos a obedecer. Obviamente, não são todos que cresceram comendo carne que se sentem à vontade para matar pessoas ou que se envolvem em atos de violência, grupos sectários, atividades que exploram trabalho escravo ou infantil e tantas outras formas de violência presentes ao nosso redor. No entanto, a mensagem para a criança que está formando estas regras pelo contato com o ambiente é uma de menosprezo à vida, de descaso ao sagrado. O impacto que isto tem na relação entre famílias, ideologias, sociedades, países, religiões, é imensurável.

Imagine um mundo livre de violência contra animais e você verá um mundo livre de violência contra humanos!

Dr. George Guimarães
Nutricionista
e-mail: dr.george@guiavegano.com

Web Site: www.nutriveg.com.br
Fonte: www.guiavegano.com/nutricao/george/veganismo.html

Pesadelo com a barata

Não sei se porque a Cida tem pavor de barata e já me contou histórias de como fica ao mesmo tempo histérica e ao mesmo tempo sem deixar que ninguém mate. Ou se porque isso de ser vegana ainda é muito novo para mim, mas ontem tive um pesadelo. Foi mais ou menos assim...

Estávamos em uma casa enorme. E eu estava ajudando a tirar o lixo. Levei os sacos para fora, onde ficava um grande conteiner. Ia tirando, colocando no conteiner, voltando para pegar mais (imagino que havia acontecido uma festa). Em um dos momentos que voltei, olhei para minha perna e tinha uma barata subindo minha coxa. Bati para ela sair. Continuei fazendo o serviço. Mas sempre que olhava, lá estava a barata na minha perna.

Não pensei duas vezes, peguei o inseticida e matei a barata! Na mesma hora bateu uma crise de consciência. Eu pensei "eita, agora eu sou vegana, não poderia ter feito isso". E várias baratas começaram a se aproximar. E eu não sabia se matava, se gritava ou se corria... Foi quando eu acordei.

Primeira sexta vegan: 23/07/10

Ontem foi meu primeiro dia 100% vegan.

Cardápio:

Café da Manhã
- Pão Francês
- Suco de Maracujá

Almoço
- Tofú frito temperado com gengibre
- Broto de feijão
- Broto de alfafa
- Broto de (alguma coisa marrom)
- Alface (vários tipos)
- Tomate
- Castanha de Caju
- Castanha do Pará
- Suco de Limão

Lanche da tarde
- Salgadinho de milho vitao
- Suco de beterraba com limão
- Castanha de Caju

Jantar
- Batata frita
- Batata noisette

Primeiras impressões:

Não foi muito difícil sobreviver o dia. O mais complicado é passear no shopping e depois ir lanchar. Minha irmã, minha sobrinha e a amiga foram comer no McDonalds. Eu fiquei rodando. Lembrei das batatas em bolinhas que a Cida já tinha comido comigo lá. Foi a única coisa que encontrei.

Resisti:

Ao sorvete de creme que me ofereceram no meu trabalho. Ao chocolate branco cookies Hershey que o Rafael me ofereceu. Ao McDonalds.

Experimentei:

- Suco de beterraba com limão.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Calculadora de Vidas

Acabei de fazer um pequeno teste. Como ele perguntava desde quando virei vegetariana e eu não virei ainda, me transportei para o futuro e fiz o cálculo de quantas vidas terei salvo quando chegar aos 80. O resultado está abaixo:

Preenche o formulário abaixo, e poderás saber quantas vidas poupas ao seguir uma alimentação vegetariana...

Idade: 80 anos

Vegetariana(o) desde os: 28 anos

Resultado
Parabéns!
Como um omnívoro consome, em média, 95 animais por ano, este é o número aproximado de vidas que já salvaste: 5035

O que podes fazer
Se viveres vegetariana(o) até aos 100 anos, poderás salvar 1995 vidas mais!


Faça também o teste:


Calculadora de Vidas

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Despedidas da primeira semana

Pizza de calabreza da Dominos
Sanduíche de presunto da Subway
Cookies da Subway
Sanduíche Beef's on cheddar do Submore
SuperCheddarPeperone da McDonalds
Chocolate Lacta Flocos

Então... estas foram as primeiras despedidas... Tudo certo até aqui... Acho que não sentirei muita falta. Na semana que vem tem mais.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dieta vegana

Uma alimentação vegana saudável

Décadas de experiência, culminando em mais de 1 milhão de veganos em todo o mundo, demonstram que o regime vegano é saudável e apropriado para todas as idades.
Estudos científicos comprovam que os veganos, em geral, apresentam menos probabilidades de contrair doenças degenerativas e cardiovasculares do que os ovo-lacto vegetarianos e estes menos do que os consumidores de carne. Não obstante, a maioria das pessoas não vegetarianas, continua a pensar que os veganos são indivíduos pálidos ou anémicos, mas isto talvez se fundamente, em certos casos, aquando de insuficiências nutricionais. Mas tal como acontece em qualquer outro regime, se não houver equilíbrio e diversidade, o organismo não estará a receber todos os nutrientes necessários o que resultará numa ou mais carências. Por exemplo, pão branco, margarina hidrogenada e fritos, podem ser parte integrante do regime vegano. Porém, em demasia, não só serão prejudiciais à saúde como estarão a tirar o lugar a outros alimentos mais ricos.
O princípio básico de uma alimentação vegana saudável, é consumir uma grande variedade de vegetais e frutos. Estes são extremamente ricos em fibras, vitaminas e minerais e os seus aminoácidos e anti-oxidantes são muito benéficos para o nosso organismo.
Produtos alimentares refinados e modificados (de modo a se conservarem por mais tempo, por exemplo) são sinónimo de perda de nutrientes. Óleos não hidrogenados, farinhas e produtos integrais (massas, arroz, pão) e alimentos sem conservantes ou corantes devem ser prioritários, uma vez que são mais completos e não possuem químicos artificiais. Alimentos provenientes da agricultura biológica são mais naturais e seguramente os mais saudáveis.


A lista abaixo apresenta as fontes de nutrientes duma dieta vegana:

Hidratos de carbono:
São necessários para a produção de energia, de calor e indispensáveis à absorção das vitaminas liposolúveis e do cálcio. Encontram-se sobretudo em cereais, pão e farinhas, frutos secos (nozes, avelãs, amendoins, amêndoas, castanha de caju, castanhas), bananas, açúcares, leguminosas (feijão, soja, ervilhas, lentilhas e grão), batatas.

Fibras:
Mantêm o sistema vascular em bom funcionamento, previnem problemas intestinais. Encontram-se em citrinos, maçãs, batatas, ervilhas, feijões, brócolos, cenouras e em todos os alimentos vegetais e não refinados (sobretudo cereais integrais)


Proteínas:
São necessárias a um crescimento normal e ajudam na reparação de tecidos e vasos sanguíneos. Também fornecem energia. São encontradas em frutos secos (nozes, amêndoas, amendoins, avelãs, castanha de caju, castanhas) sementes (sésamo, abóbora, girassol), leguminosas (ervilhas, feijão, soja, lentilhas e grão), cereais (arroz, milho, aveia, centeio, trigo) farinhas vegetais, massas, pão, millet, seitan, produtos derivados da soja (tofu, molho de soja, leite de soja, tamari, tempeh), cogumelos, algas, fruta.


Vitaminas:
As vitaminas são um conjunto de nutrientes que o corpo não consegue sintetizar ou então não sintetiza em quantidade suficiente. O aspecto que estes nutrientes têm em comum é que são apenas necessários em muito pouca quantidade.

Vitamina A (ou beta carotenos): Ajuda no crescimento, é muito benéfica para a visão e protege as mucosas. Está presente em frutos e vegetais vermelhos, cor de laranja e amarelos como por exemplo, os tomates e morangos, cenouras, laranjas, alperces e pêssegos, limões e carambolas (respectivamente), vegetais de folha escura. É geralmente adicionada a margarinas veganas.

Vitaminas do Complexo B: Este grupo de vitaminas inclui a vitamina B1 (ou tiamina), a vitamina B2 (ou riboflavina), a vitamina B3 (ou niacina), a vitamina B6 (ou piridoxina), a vitamina B9 ou ácido fólico (sintetiza aminoácidos e quebra as cadeias de aminoácidos, previne algumas anemias e ajuda o crescimento) e a vitamina B12 (ou cianocobalamina). Todas as vitaminas B (excepto a B12) encontram-se em cereais e farinhas integrais, frutos secos (nozes, avelãs, amêndoas, pinhões, castanhas, castanhas de caju, amendoins), frutas frescas, sementes, leguminosas (grão, feijão, soja, lentilhas e ervilhas), todos os vegetais verdes.

Vitamina B12: A forma activa da vitamina B12 é a única vitamina que não está presente em vegetais. Esta vitamina é sintetizada por bactérias que se encontram no solo. Na agricultura habitual as bactérias acabam por ser destruídas pelos adubos químicos e pesticidas. No entanto, na agricultura biológica as bactérias encontram-se nos vegetais e se estes forem consumidos (não esterilizados, isto é, se forem apenas lavados com água e no caso das cenouras deixando alguma casca), estar-se-á muito possivelmente a ingerir vitamina B12. Esta vitamina pode encontrar-se também em leite de soja enriquecido, hamburgers de soja e cereais fortificados. Soja fermentada, tofu, tempeh, tamari e miso podem contê-la também. As algas wakame e hiziki também, possivelmente, a contém. A vitamina B12 pode também ser obtida através de suplementos vitamínicos veganos.

Vitamina C: Permite uma melhor cicatrização, previne o aparecimento do escorbuto, fortifica o sistema imunitário, mantém os níveis de estamina, ajuda na formação de vasos sanguíneos fortes e aumenta a resistência a infecções. A vitamina C pode ser encontrada em pimentos, pepinos, morangos, citrinos, uvas, papaias, brócolos, espargos, couves de Bruxelas, alface, batatas e em vegetais de folha escura.

Vitamina D: A vitamina D é importante para a construção de tecido ósseo, sendo indispensável para a absorção do cálcio. Previne a destruição das vitaminas C e A e ajuda no crescimento. Ela pode ser sintetizada pelo organismo humano através da exposição ao sol. Pode ser também encontrada em sementes de sésamo e cogumelos.

Vitamina E: Contribui para um crescimento saudável, ajuda na construção de tecido muscular e é muito importante para o sistema reprodutor. Possivelmente retarda o envelhecimento. Pode ser encontrada em gérmen de arroz e trigo, milho, cereais integrais, óleos vegetais, vegetais de folha escura, sementes, frutos secos e legumes.

Vitamina K: Tem como função regular a coagulação do sangue. Encontra-se em vegetais frescos e de folha escura, óleo de soja, cereais e é sintetizada por bactérias no intestino.

Vitamina PP, Nicotinamida ou Niacina: Contribui para uma boa digestão, para manter uma pele saudável e para crescimento normal. Está presente em amendoins, cerveja, farinha, pão, arroz, soja, levedura e vagens.

Gorduras:
São indispensáveis para uma pele saudável, fornecem energia e calor, são necessárias para a absorção das vitaminas lipossolúveis e do cálcio. Podem ser encontradas em óleos vegetais, frutos secos (nozes, avelãs, amendoins, amêndoas, castanha de caju), cremes e manteigas à base de frutos secos (manteiga de amendoim, creme de avelãs) e margarinas veganas.

Ácidos gordos essenciais: Limitam o excesso de formação de colesterol no sangue. Encontram-se presentes em milho, nozes, óleos vegetais, amendoins, sementes de sésamo e sementes de girassol.


Minerais:

Cálcio: É necessário ao desenvolvimento e crescimento dos ossos e dentes, à coagulação normal do sangue e ao bom funcionamento dos músculos. O nosso organismo não pode absorver o cálcio sem a presença da vitamina D. O cálcio pode ser encontrado em agriões, ruibarbo, beterraba, espinafres, brócolos, couve chinesa, couve portuguesa, cebola crua, couve crua, pepinos, feijão verde, salsa, aipo cru, nabo, zucchini, alcachofras, vegetais de folha escura e na água da torneira em regiões de água dura.

Cobre: Intervém na produção de glóbulos vermelhos, dos ossos, do colagénio, ajuda a sarar feridas e é necessário à produção de ARN (Ácido Ribonucleíco). Pode ser encontrado em frutos secos, feijões e outras sementes, ervilhas, trigo integral, melaço, cogumelos e brócolos.

Ferro: É necessário à formação de glóbulos vermelhos e regula processos metabólicos. A vitamina C torna a absorção do ferro mais eficaz pelo organismo. O ferro encontra-se em ameixas, cereais integrais, passas, vegetais de folha escura, melaço, sementes de sésamo, farinha de soja, coco, caril, frutas secas (especialmente figos e alperces) e em vagens.

Iodo: Permite o bom desenvolvimento da tiróide e do sistema imunitário. Está presente em vegetais, mas nestes a sua quantidade depende da riqueza do solo onde foram criados. Pode ainda ser encontrado em algas marinhas, feijões, espargos, vegetais verdes e em ananás.

Magnésio: É necessário para ossos fortes, pele saudável, o bom funcionamento dos músculos e do tecido nervoso. O magnésio está presente em legumes, sementes, frutas, chá, alfafa, gérmen de trigo e cereais integrais.

Zinco: Tem um importante papel nas reacções enzimáticas e no sistema imunitário. Também ajuda a combater infecções. O zinco encontra-se em sementes e frutos secos, gérmen de trigo, levedura da cerveja, cereais integrais, vegetais verdes e amarelos, frutas amarelas, abóbora e sementes de sésamo, lentilhas.


Referências:
http://www.vegansociety.com/html/food/nutrition/
http://animal-ingredients.hypermart.net/
http://vegan.uchicago.edu/nutrition/01.shtml



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-295-Uma%2Balimenta%25E7%25E3o%2Bvegana%2Bsaud%25E1vel.html

Regras

Decidi criar regras para este meu processo:
1) De segunda a quinta vou me despedir de pratos não veganos. Todo prato deverá ser riscado da minha dieta.
2) Toda sexta passarei o dia inteiro como vegana. Devo experimentar um prato novo cada sexta.
3) Os fins de semana serão livres, tanto posso experimentar pratos veganos como posso comer pratos não veganos sem necessariamente me despedir.

RESSALVA: Eu que decido se o prato foi suficiente para representar "toda a classe" daquele alimento ou se foi apenas "aquela espécie". Exemplo: já me despedi da pizza de calabreza da domino's, mas pretendo me despedir da pizza de calabreza da pizzahut também... =)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Primeiro choque

Cheguei em casa toda feliz contando para minha mãe. Ela estava terminando de preparar meu prato predileto (quase exclusivo): Caldo de Feijão com batata frita. Ela me olhou e disse "vai ficar sem seu feijão?". Eu com ar superior: "desde quando feijão é de origem animal, mãe?". Ela: "Bom, esse que você gosta eu cozinho com carne". Oh, my God... já experimentei um feijão feito diferente e achei horrível. Será que só gosto deste por conta do tempero feito com a carne? O que farei? Minha mãe já está em busca de novas formas de se cozinhar o feijão carioca para substituir meu ingrediente, que era até então essencial. Sugestões, sugestões...

Lista de despedida

Pizza de Calabreza
Pão de queijo (da D. Geralda)
Misto quente
McCheddar
Nuggets
Peixe frito
Chocolate Branco
Carne assada
Bolinho de carne (da minha mãe)
Frango frito
Camarão a milanesa
Carangueijo
Crepe de presunto e queijo

Contagem Regressiva


Foram 28 anos comendo muita pizza de calabreza, hamburguer bovino, frango a passarinho, sanduiche de presunto, peixe frito, nuggets etc... E minha alimentação se restringia a isso. Não comia absolutamente nada de verduras e legumes... e só meia dúzia de frutas. "Comida de panela"? Só a da minha mãe: caldo de feijão com batata frita.
Eu sempre soube que um dia precisaria mudar... mas estava adiando, ignorando minha deficiência. Evitando pensar nisso.
Em 2006 participei do "Sevira nos 30", concurso criado por minhas amigas de trabalho. Quem emagrecesse mais ganhava o bolão. Só cortei o McDonalds e foi suficiente para ganhar o concurso... neste meio tempo almocei bastante no Green's. Mas não o bastante para criar o hábito, foi só o concurso acabar que voltei a minha "saudável" dieta.
Em 2009 conheci um casal de veganos. Não precisou muito para me convencerem a adotar a causa. Em outubro viajei a São Paulo e conheci vários restaurantes especializados. E conheci uma fiel substituta para minha saborosa pizza de calabreza. Era deliciosa! Quando fomos a uma palestra vegana me perguntaram: "e você, também é vegana?" eu respondi: "sou simpatizante".
Pouco tempo depois um amigo se tornou vegetariano... eu passei a ser a única carnívora do grupo. A partir de 2010 comecei a experimentar novos pratos... a intenção é expandir minha dieta antes de restringí-la ainda mais.
Ontem tive uma visão: eu em um futuro pouco distante contando como virei vegana. Contei para minha amiga, que me enviou a foto do quadro negro do banheiro feminino do restaurante VEGETUS próximo a Avenida Paulista. Em outubro de 2009 eu escrevi "Cida, vou virar vegana só porque te amo". E ela respondeu: "Apenas siga o seu coração". Infelizmente perdemos a foto que comprovava a promessa. Em maio deste ano, a Cida voltou ao restaurante e tirou outra foto. Ela me enviou hoje de manhã e foi quando decidi criar a "contagem regressiva". Daqui a exatamente 100 dias me tornarei vegana.

Data: 28 de outubro de 2010.