segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sexta sexta vegan: 27/08/10

Cardápio:

Café da Manhã
- Pão Francês

Almoço
- Batata assada
- Salada: tomate, alface, pimentão

Lanche da tarde
- Biscoito cookies integral

Jantar
- Maçã

Impressões:

Foi meu primeiro grande desafio vegan: aniversário da minha avó. Prato principal: churrasco. Pratos secundários: brigadeiros, beijinhos, balinhas, chocolates... Família grande, pessoas diferentes, pensamentos diferentes, mentes não muito abertas ao diferente... Conheci o grande desafio de ser vegana: a pressão social. Comi uma carninha... um queijo assado... uns docinhos... como assim não come bolo? (essa escuto desde criança)... Mas, me saí bem. Minha irmã guardou uns docinhos para eu comer depois da meia noite. Quando deu a hora fui com sede ao pote, mas me senti uma impostora só esperando dar meia noite para voltar a ser carnívora. Então comi uma maçã e fui dormir.

Resisti:

Brigadeiro, beijinho, bombom, chocolate serenata de amor, m&ms, churrasco e queijo.

Despedidas da sexta semana

Cheddar McMelt - McDonalds
Carne de sol
Lagosta
Camarão
Peixe frito
Sorvete Napolitano Nestlé
Chocolate Branco Batom

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quinta sexta vegan: 20/08/2010

Cardápio:

Café-da-manhã
- Não comi nada, saí atrasada.

Almoço
- Alface (vários tipos)
- Tomate
- Cebola
- Rúcula
- Cenoura

Lanche da Tarde
- Chocolate 55% cacau - Garoto
- Ruffles
- Pipoca nhac

Jantar
- Pizza vegana: champignon, palmito, tomate, cebola, pimentão e azeitona.

Sobremesa
- Cookies chocolate (sem leite).

Impressões:

Hoje acordei atrasada, com muito sono ainda, levantei no pulo e saí. Minha mãe insistiu para tomar o leite dizendo "ninguém vai saber que você tomou"... rsrs. Eu disse: "mas não estou fazendo isso para ninguém não..." Mas acabei saindo sem comer. Este é um comportamento que preciso mudar, raramente sinto vontade de comer nas primeiras horas do dia e arranjo qualquer desculpa para não comer. Na hora do almoço quase desisto de comer algo saudável por pura preguiça, mas acabei indo ao restaurante Tribo. Infelizmente não tinha nem o bolinho de arroz nem o kibe de soja que gostei. Acabei comendo só salada. Mas, me senti saudável. O problema é meu vício em chocolate, comprei o amargo para saciar minha vontade. A noite acabei caindo na pizza, mas até me senti bastante saudável com a opção vegana... é um sabor totalmente diferente de pizza do que estava acostumada a comer, aliás com tanto recheio vegetal, mal sinto o que costumava dizer ser o sabor da pizza. Mas estou gostando muito e acho que estou caminhando.

Resisti:

Ao meu tradicional leite com sustagem de manhã cedo, ao salgadinho doritos queijo que o Anderson ofereceu. Aos sanduiches do bobs ao lado do trabalho quando estava morrendo de preguiça de caminhar no almoço e ao sanduiche de queijo quando cheguei em casa e parecia a única opção.

Despedidas da quinta semana

Crepe de cheddar - Crepe de Paris
Pizza de presunto - Dominos
Enroladinho de presunto
Enroladinho de salsicha
Bolinha de queijo
Sanduíche cheeseburguer bacon - Burger King
Chocolate Ovo Maltine - Hersheys

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Filosofia do Veganismo

30 de novembro de 2009

Veganismo é uma filosofia e prática de vida e compaixão, este tipo caminho tem sido seguido por algumas pessoas em todos os tempos da história da humanidade; Através disso, somente recentemente a palavra vegan (VEEGN), foi utilizada para distinguir os vegan dos vegetarianos, e o movimento vegan acabou tornando-se uma sociedade.

A primeira sociedade vegan, foi organizada e fundada em 1944 na Inglaterra. E em 1960, H. Jay Dinshah, fundou a sociedade vegan Americana. E de lá para cá mais de 50 sociedades fora criada em todo o mundo. Um vegetariano é alguém que vive basicamente de produtos alimentares do mundo vegetal, com a adição ou sem uso de ovos e leite e derivados. O termo vegetariano refere-se unicamente a um tipo de dieta, e não algum tipo de produto ou alimento animal.

As razões para se tornar-se um vegetariano, basicamente são 4, ora por questões éticas ou de saúde, economia ou religião ou qualquer combinações destas.
A ênfase na América tem sido por questões de saúde e na Inglaterra por questões de Ética.

A questão principal é a ética. Um vegetariano como já sabemos não come nenhuma espécie de carne mas come ovos e leite assim como seus derivados.
Um vegan além de não comer nenhuma carne, não come nenhum derivado animal.

A sociedade vegan Britânica dá uma excelente definição sobre Veganismo: “Veganismo é uma forma de vida que exclui todas as formas de exploração e crueldade contra o reino animal. Inclui o respeito por todas formas de vida. Isto se aplica no uso da prática de viver somente de produtos derivados do mundo vegetal.”

A exclusão do uso da carne vermelha, de peixes, de aves, ovos, mel, leite ou derivados, encoraja o uso de formas alternativas de produtos vegetais.

Veganismo lembra o homens de sua responsabilidade, pelos recursos naturais e faz com que ele busque caminhos de manter o solo e o reino vegetal saudável, assim como o uso correto dos materiais da terra.

Através desta definição você percebeu que o Veganismo é muito mais do que uma questão de dieta. Vegan é contra a matança, judiar ou explorar os animais.
Vegan é também interessado em ter um excelente padrão físico, emocional, mental e espiritual.

Nós devemos tomar uma decisão importante em selecionar o tipo de produtos que usamos. E cada uma de nossas atitudes através de todas as formas de vida.
Como nós decidimos ou agimos, nós influenciamos circunstancialmente toda a existência e tipos de vida a volta de nós humanos e outros de qual compartilhamos este planeta.

Nós podemos escolher viver em harmonia ou discórdia, em compaixão ou com crueldade (mesmo sem intenção). Os vegans também não usam produtos derivados de animais como: Lã, couro, peles, ou roupas ou moveis, artezanatos, sabões ou cosméticos que contenham produtos de origens animal, nenhuma escova feita de cabelos, ou travesseiro de penas etc.

Um vegan não pesca, não caça, não aprova o confinamento de animais nos circos ou zoológicos, ou rodeios ou touradas. Um vegan não se submete a vacinação ou soro feito de animais, ou drogas que foram testadas cruelmente em animais.
Há fortes razões de saúde e Ética contra estas práticas médicas.

Talvez está lista de coisas seja muito difícil de seguir, mas é unicamente para lhe mostrar como é grande e extensa a lista de produtos que normalmente usamos ao longo de nossas vidas, é baseada em produtos ou substancias derivadas de
animais. Principalmente porque o mercado de vendas destes produtos, só pensam em aumentar seus lucros, independente da exploração das pobres criaturas que vive a sua volta.

O curioso é que existem muitas alternativas, mais humanas para qualquer tipo de produtos de origem animal, como vimos no caso da dieta alimentar. Basta estarmos atentos e procurarmos. Na América do Norte e Europa, tem crescido
grandemente o comércio de produtos não derivados de
animal. Isto tem ocorrido devido, ao aumento de consciência do respeito, ao meio ambiente e, a compaixão a todas as formas de vida. E com a vantagem de trazer crescimento social e econômico.

A preocupação do veganismo é dar maior significado e dignidade a vida, e com a diminuição do sofrimento dos animais o sofrimento da raça humana também será aliviada. Será isso uma nova forma de vida? Basicamente não, mas é uma forma de expressão do amor, da compaixão e na verdade, é o caminho que traz a harmonia do meio ambiente.

Fonte: Syntonia
Original disponível em: http://www.anda.jor.br/?p=34341

Receitas de Leites Vegetais

Leite de Amêndoas
Fonte: http://www.eurooscar.com/

12 a 20 amêndoas sem pele, já hidratadas.
1 copo (200ml) de água de fonte ou mineral.

Como fazer

Bata as amêndoas com a água, no liquidificador.


Leite de Amêndoas Morno
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Leite de amêndoas;
Meia colher de café de suco de gengibre ralado;
1 colher(de café) de canela em pó;
Melado ou açúcar mascavo.

Como fazer

Misture bem, todos os ingredientes, e e os aqueça em fogo muito brando, por poucos segundos.


Leite de Arroz Integral ou outros Cereais, para bebês
(Consulte um pediatra naturalista)
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Cozinhe bem o arroz integral ou outro cereal; aveia, trigo ou cevada.
Bata no liquidificador e coe em seguida. Essa pasta deve ser mantida na geladeira, em recipiente fechado.
No preparo da mamadeira, use 3 colheres de sopa ( ou mais, conforme o apetite da criança) dessa pasta, misturada com água morna ou chá fresco de ervas naturais.
Como opção, pode-se adoçar. Nesse caso, empregue açúcar mascavo de boa procedência e se possível de cultivo orgânico. A frutose talvez seja mas suave para um bebê.
De acordo com a experiência e intuição, pode-se misturar um ou outro dos leites vegetais apresentados nesta obra.


Leite de Aveia
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Pôr de molho a quantia desejada de aveia, no dobro em água, em recipiente de louça ou vidro.

Após 2 horas, bater no liq. Coe num pano. Pode pôr mais água, se ficar engrossado.

Leite de Brotos de Soja (Moyashi)
Fonte: http://www.eurooscar.com/

½ xícara de brotos de feijão-soja (moyashi);
1 copo (200ml) de água de fonte ou mineral.

Como fazer

Bata os moyashis com a água, no liquidificador, e coe.


Leite de Castanhas-do-Pará
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Itens

1 colher de sopa de aveia,
1 xícara de castanhas-do-Pará,
1 litro de água fervente.

Como fazer

Antes, dilua a aveia em água fria. Leve-a para ferver. Espere esfriar um pouco e bata no liquid., com as castanhas.
Coe num pano ou peneira fina. Ponha 1 pitada de sal. Adoce com melado.


Leite de Coco
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Ralar um coco (não use nada de alumínio) e o deixar ferver com água por 40 minutos.

Mexa um pouco, com colher de pau e então bata por 5 minutos no liquidificador.

Coe com um pano de algodão bem limpo.

Rico em proteínas, saboroso, ótimo para doces e sem os aditivos químicos do similar engarrafado.



Leite de Gergelim

Fonte: http://www.eurooscar.com/

¼ xícara de semente de gergelim germinado ou hidratado;
1 copo (200ml) de água de fonte ou mineral.

Como fazer

Bata as sementes com a água, no liquidificador. Em seguida, coe.


Leite de Girassol
Fonte: http://www.eurooscar.com/

½ xícara de semente de girassol germinada ou hidratada (que ficou de molho em água);
1 copo (200ml) de água de fonte ou mineral.

Como fazer

Bata as sementes, com água, no liquidificador e coe.



Leite de Soja (Extrato)
Fonte: http://www.eurooscar.com/

Dissolvem-se, geralmente, 2 colheres de sopa do extrato solúvel de soja, em pó, à venda no comércio (ver a validade), em 1 litro de água.


Leite de Soja (dos grãos)
Do livro A Cura e a Saúde pelos Alimentos
Dr. Ernst Schneider.

Ingredientes

2 xícaras de soja em grão;
2 litros de água.

Jeito de fazer

1. Selecionar a soja e lavar bem com várias águas.
2. Deixar de molho durante 8 a 12 horas.
3. Descascar o grão:
a) Eliminar a água em que os grãos ficaram de molho.
b) Pôr os grãos num pano de prato ou saquinho.
c) Apertar as pontas do pano e fazer movimentos fortes, ou passar sobre o pano e grãos o rolo de abrir massas, várias vezes, com força.
d) Embaixo de água corrente, numa vasilha grande, apertar com os dedos e ir trocando a água até o grão ficar plenamente limpo.

4. Bater os grãos limpos no liquidificador com 1 litro de água e levar tudo para cozinhar, em um caldeirão grande. Incluir outro litro de água.

Mexer sempre.

Ferver lento, durante 35 minutos, a contar do início da ebulição. Depois que iníciou a fervura, coloque um pratinho de porcelana no fundo da panela. Assim não grudará.

5. Desligar o fogo e deixar esfriar.

6. Coar em seguida, empregando um pano de malha aberta, torcendo a trouxa que se forma.

7. Completar juntando água necessária, de jeito a se obterem, no fim, 2 litros de leite de soja.
Esse leite pode ser armazenado na geladeira por vários dias. Para melhorar o sabor do leite, incluir um pouquinho de sal, baunilha ou canela em pau.

O resíduo, ou massa de soja que sobrou, conhecido também como okara, pode ser armazenado na geladeira em saco plástico até uma semana ou mais, podendo ser usado em pratos doces ou salgados.
O leite de soja pode ser usado para trocar o leite comum em:
bolos, papas, mingaus, cremes, pães, biscoitos, canjica, arroz -doce ou até como coalhada, iogurte, queijo, requeijão.


"Leite" de Uva
(O suco natural, sem aditivos nem adoçado)
Fonte: http://www.eurooscar.com/

O suco de uva tem um açúcar natural, formado por glicose e frutose, assimilável sem esforço pelos órgãos da digestão. Possui mais calorias que o leite de vaca e a sua análise demonstra enorme semelhança com o leite materno.

Excelente para casos de anemia, fraqueza, convalescença,febre, doenças, em geral. É alcalinizante do sangue, acelera o metabolismo e estimula as funções hepáticas.

Quase todas as marcas mais conhecidas têm aditivos químicos e açúcar refinado ou industrial. Por enquanto só dá para indicar as marcas "Superbom" e, talvez, o "Rossoni".
O ideal seria que não fossem pasteurizados, porém crus e frescos e feitos de uvas sem química. (Difícil, mas não impossível.)


Original disponível em: http://www.institutoninarosa.org.br/textos/191-receitas-de-leites-vegetais

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quarta sexta vegan: 13/08/2010

Cardápio:

Café-da-manhã
- Kibe vegano
- Suco de laranja
- Pão integral

Almoço
- Sanduiche Delicioso Greens: tofu grelhado, alface, tomate, cebola

Lanche da Tarde
- Chocolate Amargo Cacau Show

Jantar
- Batata assada

Impressões:

Está mais fácil experimentar comidas novas. Na segunda experimentei o espaguete e na sexta o sanduiche de tofu grelhado. Sinto pouca fome. E tenho resistido bem às opçõe não veganas. Mas, devo treinar bastante, pois ainda deslizo por distração. Na sexta ao esperar a batata assar, experimentei uns biscoitos em cima da mesa. Achei delicioso e fui comendo e conversando com a Eli. Quando parei para pensar, depois de ter comido uns quatro biscoitos, li a capa (nem precisava ler o rótulo) "Sequilhos com leite". Parei, mas já tinha "furado" minha sexta vegan novamente.

Resisti:

Chocolate ao leite, crocante e avelã da Cacau Show. Ao suco de morango com leite da minha mãe. Ao sanduiche de cheddar e ao biscoito Bono Chocolate.

Despedidas da quarta semana

Esfiha de queijo - Habibs
Kibe frito - Habibs
McFlurry Alpino - McDonalds
Crepe de Presunto e Queijo - Crepe au chocolat
McFlurry Bis - McDonalds
Amanditas
Chocolate Twist
Biscoito Tortilha Limão

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Geração saúde gera saúde

Faz tempo que tenho sentido a necessidade de fazer algum exercício físico. Fiz a carteirinha do sesc, fiz o exame médico, liguei algumas vezes para tentar vaga no horário que quero... ficou por isso mesmo. Comprei um tênis. Tenho caminhado bastante desde então, mas nada regular... apenas troco o ônibus pela caminhada em algumas ocasiões. Mas desde que decidi virar vegana, o peso de decisões como essas estão mais fortes. No fim de semana, decidi comprar uma bicicleta. Decidi e comprei... comprei já montada e fui direto para o parque pedalar... Tomei a decisão: vou pedalar todos os dias as 7h. Fiz isso na segunda e hoje de manhã. Estou me sentindo tão bem!!! É incrível. O dia chega totalmente diferente. Eu sempre gostei de acordar o mais tarde possível, pois hoje consegui acordar disposta às 6h30.
E agora, na hora do almoço, estava caminhando para a parada para pegar um ônibus para o shopping. Decidi ir andando. No caminho decidi almoçar no Greens. Comi brotos de vários tipos, alfaces de vários tipos, castanhas, tomate, bolinho de arroz e decidi experimentar espagueti. Como tudo que tenho experimentado, não gostei muito, mas também não achei ruim. Andei pensando que tudo para mim será "sem gosto" pois o gosto não está registrado, não tenho referencial. Mas o melhor é a sensação no final do almoço: que orgulho de mim mesma, comi algo saudável.

domingo, 8 de agosto de 2010

Terceira Sexta Vegan: 06/08/2010

Cardápio:

Café-da-manhã
- Biscoitos cookies integrais de castanha

Almoço
- Pizza Dona Lenha com champignon, cebola e azeitona preta

Lanche da Tarde
- Chocolate meio amargo

Jantar
- Yakisoba de vegetais

Impressões:

Comecei a perceber algumas complicações. Na hora do almoço quase desisti de ir a um almoço de aniversário com colegas de trabalho, pois não era garantido que teria alguma opção vegana. Decidi ir. Pouquíssimas opções no cardápio, fiquei com a pizza que eu adoro, mas tive que tirar boa parte dos ingredientes que costumo comer. Fiquei com o champignon, a cebola e a azeitona que eu tinha experimentado semana passada, ou seja, da minha vida pré-veganismo, só mesmo a massa e o molho. Após o almoço, saí com a Cindy em busca de algum picolé de fruta. Só encontramos opções com leite. Mais tarde, bolo de aniversário (eu nunca comi bolo, não senti falta), mas não pude comer também os chocolates bis que enfeitavam a mesa. Em resumo, não comi nada. A noite passei meia hora escolhendo onde ligar para pedir comida com minha irmã. Ela sugeriu o China in Box. Experimentei o yakisoba de vegetais. Nunca tinha comido yakisoba, nunca tinha comido yakisoba de vegetais (brócolis, repolho, cebola... todos imensos). Comi tudinho, me senti o máximo. Mas, descobri que é bem provável que o macarrão seja feito com ovos... Ou seja, furei o vegan day sem saber... tenho que me informar melhor antes do pedido.

Resisti:

Resisti a trocar meu vegan day (foi minha primeira reação ao saber do aniversário). Resisti a pedir uma pizza de calabreza na Dona Lenha, a ficar com o picolé de chocolate, a comer o bis na festa e a pedir alguma coisa familiar não-vegana no fim do dia. Acho até que estou indo bem...

Despedidas da terceira semana

McQuarteirão
SuperShake de coco
SuperShake de flocos
Frango grelhado
Pizza Hut de calabreza
Pizza perdigão de calabreza
Camarão empanado
Chocolate Laka Cristais
Chocolate Hershey's Branco com Cookies

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vacas com armas

The Meatrix

Hamburguer de trás para frente

A Guerra da Mercearia

Baraka

Carne de Vitela



Por que animais têm direitos?

Bruno Müller
(Publicado em Seg, 11 de Maio de 2009 no site www.pensataanimal.net/artigos/42-brunomuller/273-por-que-animais-tem-direitos)

Introdução

Se eu perguntar a alguém: "porque não devo queimar seu braço com ferro em brasa?", o que me responderia essa pessoa? Diria ela: "por que eu sou inteligente"? Ou diria "porque eu tenho grande habilidade de comunicação"? Ou ainda "porque existe um acordo tácito entre nós para que não causemos dano um ao outro"? Investigar essa pergunta talvez seja uma forma simples de resumir os argumentos em favor dos direitos animais.

Muitos vegetarianos têm a convicção de que animais têm direitos e que o respeito a esses direitos comanda que nos abstenhamos de comê-los. Entretanto, essa convicção muitas vezes não é acompanhada da reflexão filosófica necessária para respaldá-la. Isso é um problema, pois o raciocínio lógico e a força do argumento racional são fundamentais para difundir os direitos animais e convencer a maioria dos interlocutores. Por isso é importante que os ativistas da causa animal tenham clareza na hora de abordar essa questão fundadora: por que animais têm direitos?

Ao tratarmos dela, é fundamental que, em primeiro lugar, não a tomemos como senso comum. Na minha opinião, todo diálogo sobre veganismo e direitos animais deve começar com ela. As bases do pensamento que advogamos, como defensores dos direitos animais, infelizmente, nem sempre estão claras mesmo para os que os defendem. Que dirá para os demais. Mesmo ativistas dedicados têm dificuldade de entender essas questões - o que é um problema grave, pois a falta de conhecimento pode levar à incoerência nas ações e à confusão no discurso, reduzindo significativamente a força e a eficácia do ativismo pelos animais. Para defender nossos princípios, o primeiro passo é buscar compreender aquilo que fundamenta nossas escolhas éticas.

Para começarmos a falar de por que animais têm direitos, sugiro começarmos pelo caminho contrário: os pensamentos por trás daqueles que defendem que animais não têm direitos.

Por que Animais Não Têm Direitos?

Nessa discussão vejo duas linhas de raciocínio básicas: uma do direito, outra da biologia. Então vamos a cada uma delas.

1. A objeção do direito

Existem duas vertentes do direito que são relevantes para o debate da questão dos direitos animais: o direito moral e o direito legal. Os que defendem que animais não têm direitos, em geral, rejeitam tal atribuição de direitos em função de uma visão de direitos baseada em direitos legais.

Essa visão que nega direitos aos animais não-humanos é baseada numa leitura contratualista conservadora, que afirma que só têm direitos aqueles indivíduos que também têm deveres. Os direitos e deveres são firmados por meio de um contrato - logo, só tem direitos quem for capaz de firmar contratos. Direito, nessa concepção, é um benefício que o indivíduo obtém em troca de um compromisso, pelo qual ele está obrigado a oferecer, em troca, algum outro benefício, através do qual se garante, assim, o convívio harmonioso e pacífico e, em última instância, a sobrevivência e prosperidade de toda a sociedade. Essa teoria contratualista do direito está toda fundada na filosofia de Thomas Hobbes e sua obra O Leviatã, de 1652.

Aparentemente muito lógica, essa filosofia hobbesiana tem dois problemas muito básicos. O primeiro deles, de ordem ética e moral, é que, longe de garantir direitos, ela exclui grande parte dos indivíduos humanos da comunidade de direitos. O contratualismo hobbesiano condiciona a ética à política - ou seja, a lei determina o que é ético e o que não é - mesmo no caso em que uma lei pareça injusta. Entre indivíduos que não podem assinar contratos e não podem, portanto, contrair obrigações, podemos incluir: recém-nascidos, crianças, comatosos, pessoas com certos tipos de enfermidade e problemas de ordem neurológica. Subscrever o contratualismo hobbesiano é, portanto, um convite à barbárie - e isso já fora descoberto há muito tempo, e por outros contratualistas: John Locke, no Segundo Tratado sobre o Governo, de 1690, afirmava que o estado de natureza (a ausência de governo) era melhor que o Estado absolutista defendido por Hobbes. Jean-Jacques Rousseau, no Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, de 1755, deixa claro que a capacidade de firmar contratos não encerra a questão dos direitos morais, incorporando, inclusive, os animais às suas considerações. Vale a pena citarmos um trecho em particular:

Dessa maneira, não se é obrigado a fazer do homem um filósofo, em lugar de fazer dele um homem; seus deveres para com outrem não lhe são ditados unicamente pelas tardias lições da sabedoria; e, enquanto não resistir ao impulso interior da comiseração, jamais fará mal a outro homem, nem mesmo a nenhum ser sensível, exceto no caso legítimo em que, achando-se a conservação interessada, é obrigado a dar preferência a si mesmo. Por esse meio, terminam também as antigas disputas sobre a participação dos animais na lei natural; porque é claro que, desprovidos de luz e de liberdade , não podem reconhecer essa lei; mas, unidos de algum modo à nossa natureza pela sensibilidade de que são dotados, julgar-se-á que devem também participar do direito natural e que o homem está obrigado, para com eles, a certa espécie de deveres. Parece, com efeito, que, se sou obrigado a não fazer nenhum mal a meu semelhante, é menos porque ele é um ser racional do que porque é um ser sensível (...). (ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens. São Paulo: Martin Claret, 2005, pp. 28-9 [grifo meu]).

Thomas Paine, em Direitos do Homem, de 1792, declarou que o contrato social não dava aos contratantes o direito de escravizar, dominar ou fazer guerra contra pessoas fora do contrato.

O segundo problema, de ordem prática, decorre do primeiro. Felizmente, na maioria das sociedades, e para a maioria dos indivíduos humanos, não é mais o contratualismo hobbesiano que orienta o direito legal. Este avançou, na maioria dos países - ao menos nominalmente - para um contratualismo rousseauniano, que reconhece direitos morais a todos os seres humanos que sejam portadores da nacionalidade de um determinado país. Todos os indivíduos descritos no parágrafo acima contam, hoje, com garantias para preservar seus interesses básicos à vida, liberdade e integridade física assegurados na Constituição de seus países - estes não estão mais atrelados ao exercício pleno e consciente da cidadania.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, subscrita pela grande maiore dos Estados, não faz distinção de nenhum tipo entre seres humanos, e afirma textualmente que os direitos humanos são universais, imprescritíveis, intransferíveis. Os estrangeiros, no entanto, especialmente imigrantes, nem sempre têm seus direitos humanos garantidos por lei, como podemos constatar pelos debates dentro da União Européia. Isso se deve a questões políticas e ao alcance das leis nacionais, que por definição excluem os estrangeiros. Mas também nesse terreno tem havido avanços significativos na produção de um direito cosmopolita, que não reconhece barreiras nacionais, como se vê pela prisão do ditador chileno Augusto Pinochet, na Grã-Bretanha, a pedido de um juiz espanhol, em 1998, sob acusação de violações dos direitos humanos durante a ditadura militar que comandou no Chile. Pode-se ainda argumentar que, na prática, todos os países desrespeitam sistematicamente os direitos humanos - o que é verdade. No entanto, esses direitos são reconhecidos, o que é um diferencial fundamental, pois fornece instrumentos legais para lutar contra violações dos direitos morais praticados nesses países.

Essa discussão está longe de ser esgotada. Afinal, nossa sociedade ainda funciona sob um marco jurídico em que nem sempre a ética e política coincidem, de modo que, num embate entre ambos, sempre irá prevalecer aquilo que é legalmente justo, mesmo que seja eticamente condenável. Apenas quando o direito legal e o direito moral coincidirem plenamente os direitos animais - e os direitos humanos - serão efetivamente respeitados e promovidos.

De qualquer modo, podemos concluir que, mesmo dentre os contratualistas, a abordagem conservadora e autoritária de Hobbes está, há muito, ultrapassada. Que ainda haja quem subscreva suas teses é um sinal de ignorância ou de hipocrisia. Mesmo a visão jurídica predominante nos dias de hoje admite que nem todo direito é um benefício obtido em troca de uma obrigação. Alguns direitos - os direitos fundamentais - são direitos inerentes, ou seja, garantias que devem ser respeitadas, independente de obrigações anteriores ou posteriores, única e exclusivamente em função das característas próprias - inerentes - do portador desses direitos. Animais não-humanos não têm esse reconhecimento legal de seus direitos morais devido à tradição e ao especismo, e não em função de algum atributo básico que lhes falta para serem considerados membros da comunidade moral. A característica básica que faz com que todos os seres humanos sejam portadores de direito, os animais não-humanos também possuem - a sensibilidade descrita por Rousseau, que nós hoje chamamos de senciência, a qual vamos abordar detalhadamente mais adiante.

2. A objeção da biologia

A objeção da biologia, como veremos, logo se confunde com a objeção do direito. Seu patrono é o filósofo francês René Descartes (1596-1650), e se funda basicamente em dois argumentos: animais são seres autômatos, desprovidos de sensações e sentimentos; e animais são desprovidos de razão e linguagem que lhes possibilite elaborar conceitos e exprimir desejos. Como só seres humanos são portadores dessas características, apenas eles são portadores de direitos, pois apenas para eles a vida, a liberdade e a integridade física e psíquica são um bem precioso. Animais não têm interesse particular em continuar vivendo, nem em serem protegidos do sofrimento físico (pois suas respostas a estímulos externos são mecânicas, e o sofrimento envolve uma elaboração mental que exige uma racionalidade que lhes falta) nem em serem livres (pois não têm um "conceito" de liberdade).

As objeções de ordem biológica também têm dois problemas primordiais. Em primeiro lugar, a tese cartesiana é falsa porque sua própria premissa é falsa. A linguagem não é pré-requisito para ser consciente. Fosse assim, seres humanos já nasceriam falando, ou jamais aprenderiam a falar, não nascendo com esta faculdade. Afinal, é preciso, primeiro, ter consciência de um objeto para, depois, dar-lhe um nome.

Nós protegemos seres humanos que não são dotados de pleno domínio da razão e da linguagem - aqueles que são conhecidos como "seres humanos paradigmáticos" - recém-nascidos, cujos pensamentos e desejos nos são um completo mistério; crianças, que não têm suas faculdades de raciocínio e linguagem plenamente desenvolvidas, razão pela qual, aliás, elas não podem votar; pessoas em coma ou portadoras de problemas neurológicos, temporários ou permanentes, que comprometam sua racionalidade e capacidade de comunicação. Há algum outro fator, fundamental, que faça com que estes seres humanos sejam reconhecidos como sujeitos de direitos e respeitados como tal. Assim como Hobbes para o direito, se a tese de Descartes fosse ainda tida como valida, pela biologia, estes seres humanos seriam vistos apenas como objetos.

Em segundo lugar, a tese cartesiana é falsa porque suas conclusões sobre os animais não-humanos também é falsa. Hoje em dia, nenhuma pessoa com algum conhecimento ou experiência pode, seriamente, alegar que animais são autômatos desprovidos da capacidade de sentir dor. Aqui também, as críticas não tardaram muito a aparecer. O filósofo iluminista François-Marie Voltaire (1694-1778), já no século XVIII, ridicularizou a tese cartesiana. Disse ele: "Responda-me, mecanicista: organizou a natureza todas as fontes do sentimeno nesse animal com o propósito de que ele nada possa sentir? Tem ele nervos a fim de que se torne incapaz de sofrer?" O nosso conhecimento atual sobre os animais evoluiu tanto que sequer podemos seriamente discordar que eles são dotados de raciocínio, de linguagem - muitas delas extremamente complexas, como no caso de baleias e elefantes - , de sentimentos, e que eles têm desejos e, portanto, interesse em ser livres - do contrário eles não buscariam conscientemente evitar situações dolorosas e não perseguiriam situações que foram fonte de prazer no passado.

Por que então, se não por pura hipocrisia, exigir-se-ia dos animais, para serem portadores de direitos fundamentais, critérios e pré-requisitos que não são exigidos dos seres humanos? Trata-se de uma diferença de tratamento irracional - eles, que gostam tanto de apresentar-se como guardiães da razão -, sem fundamento, e baseada, portanto, unicamente no preconceito. Preconceito contra as espécies diferentes da nossa, que, conforme definido por Richard Ryder em 1975, hoje conhecemos como especismo.

Vejamos, então, porque a questão deve ser abordada de outro modo: responder, por que, afinal, animais têm direitos.

Por que Animais Têm Direitos?

Qual é, então, o critério lógico e racional para atribuir direitos fundamentais a um indivíduo? Por que sua vida, sua liberdade e sua integridade devem ser respeitadas? Na verdade, a pista para a resposta já foi dada anteriormente, logo no primeiro parágrafo desse texto.

Retomando-o: se eu perguntar a alguém: "por que não devo queimar seu braço com ferro em brasa?", ela não me responderia "porque eu sou inteligente", ou "porque eu tenho grande habilidade de comunicação", ou ainda "porque existe um acordo tácito entre nós para que não causemos dano um ao outro". Nem racionalmente, nem instintivamente, essas respostas poderiam ser consideradas corretas. A inteligência ou a habilidade de comunicação não são características relevantes para avaliar o dano que uma queimadura é capaz de provocar num ser humano. Afinal, a queimadura não irá afetar nenhuma dessas duas características. Tampouco a resposta contratualista é satisfatória. Ela responde muito mais o "como" do que o "porquê". Ela não diz o que há de errado na ação acima descrita, nem o motivo pelo qual é um erro queimar o braço de alguém, muito menos explica porque seres humanos fora do contrato também são protegidos contra esse tipo de agressão. O contrato é, tão somente, o meio que encontramos (dentro dessa teoria) para nos proteger de tal situação. Portanto, o contratualismo não dá conta da complexidade nem das raízes materiais dos nossos valores morais.

A resposta correta para a pergunta acima é: "porque irá me causar dor e danos físicos, o que por sua vez irá me causar sofrimento e comprometer a qualidade da minha vida". Claro está, portanto, que a inteligência, a fala ou a capacidade de firmar contratos não podem ser usadas como parâmetro para avaliar eticamente ações que comprometam a vida de outros seres - além das limitações, vistas acima, na capacidade dessas respostas darem conta do respeito que prezamos por todos os seres humanos, tanto em nossos valores quanto em nossas leis.

Em resumo, o dano que causamos ao tirar a vida ou comprometer a integridade de outro ser não é conseqüência da sua capacidade intelectual. Devemos proteger aqueles seres que, por sua vulnerabilidade, são dotados da capacidade de sofrer - um sofrimento que é físico e psíquico. Em outras palavras, têm direitos fundamentais aqueles indivíduos que são seres sencientes - seres capazes de sentir dor e prazer.

Senciência é um mecanismo de defesa típico do mundo animal, que serve como um alerta para situações potencialmente nocivas à vida do indivíduo. Ao desencadear-se o mecanismo da dor, o indivíduo protege-se, afasta-se da fonte da dor, para preservar sua vida. Este ato é muitas vezes instintivo - mesmo num ser humano. Ao retirar a mão do fogo, por exemplo, o ser humano reage antes de seu cérebro interpretar o estímulo racionalmente. Se nos fosse necessário compreender o que é fogo antes de nos protegermos dele, estaríamos arriscando nossa vida. Por outro lado, tampouco nos animais não-humanos a resposta ao perigo é meramente instintiva. A capacidade de interpretar é fundamental. Pensemos em gazelas, búfalos, zebras e outros animais que são presas de animais carnívoros: eles precisam interpretar os sinais da aproximação do predador - cheiros, sons, imagens - antes de estarem diante dos mesmos, caso contrário estariam em séria desvantagem; da mesma forma os predadores precisam interpretar cheiros, sons, imagens para localizar as presas e aproximarem-se sem ser notados. Se pensarmos nas plantas, entenderemos que elas não são dotadas de senciência. Seria inútil, para um ser que vive fixado à terra, sentir dor. Os animais, por outro lado, são sencientes justamente porque sua capacidade de locomover-se faz com que precisem de mecanismos para buscar e obter seus meios de sobreviência, e fugir das ameaças à sua vida. A decorrência lógica do conceito de senciência é, portanto, que todo ser senciente tem interesse na vida e na liberdade e integridade física e psíquica.

Além disso, a vida, a liberdade e a integridade física e psíquica não são apenas atributos a que o animal tem interesse, mas são atributos do interesse do animal, ou seja, mesmo que ele não se dê conta disso, a perda de cada um deles acarreta-lhes um dano irreparável. Para os seres sencientes, a morte é um dano irreparável, pois significa a aniquilação de sua consciência e a cessação de todas as sensações e experiências que lhe produzem bem-estar. A perda da liberdade é um dano irreparável porque a liberdade é condição para viver de forma autônoma - logo, condição para a própria vida. Sem liberdade, o ser senciente está vulnerável, pois está limitado na sua capacidade de buscar sua sobrevivência e proteger-se daquilo ameaça sua vida. Torna-se dependente de outros indivíduos para manter-se vivo, e torna-se incapaz de buscar o que lhe proporciona bem-estar. A violação da integridade física ou psíquica é um dano irreparável porque representa, além do risco de perder a vida, um sofrimento inestimável.

Sem liberdade e sem integridade física e psíquica, a vida do ser senciente, se não estiver encerrada, será uma vida limitada, e portanto fonte de sofrimento. De que adianta a um ser senciente viver enjaulado, incapaz de expressar livremente sua natureza e perseguir seus interesses? Pergunte isso a ser humano e você entenderá - o mesmo acontece com os animais não-humanos; prisioneiros, reduzidos a propriedades dos seres humanos, eles não podem ser eles mesmos, portanto têm uma vida pela metade. Não é portanto sem razão o ditado que afirma que, sem liberdade, a vida é uma dádiva inútil.

Conclusão

Estes são, portanto, os direitos que preconizamos para os animais não-humanos, pois são aqueles que decorrem de sua natureza senciente - natureza a qual eles partilham conosco, seres humanos. Não queremos que animais não-humanos tenham direito ao voto, ou à educação, pois estes não fariam nenhum sentido para eles. Os direitos fundamentais que queremos estender para todos os animais foram aqueles consagrados como os direitos humanos de primeira geração - os direitos à vida, à liberdade e à integridade física e psíquica. Nós defendemos que esses direitos não são exclusivamente humanos. São direitos animais. Os direitos animais são assim chamados porque são direitos morais que são relevantes não apenas para seres humanos, mas para todos os animais. Isso porque são direitos que se referem a interesses básicos, resultantes da própria manifestação da natureza do indivíduo - pois, em condições ideais, todos os seres sencientes nascem livres e só sobrevivem se estiverem física e psiquicamente íntegros.

Esses direitos geram deveres negativos - afinal, se resultam de atributos naturais do indivíduo, não devemos interferir nos bens que são do interesse do indivíduo em decorrência dessa natureza (daí também o conceito, hoje um tanto obsoleto, de direito natural). Mas geram também deveres positivos - esses direitos devem ser protegidos e promovidos pela sociedade, e reparados se uma vez violados. No que se refere aos animais não-humanos, devemos evitar todo dano que possa ser infligido contra eles e reparar todo dano que possa ser evitado. Uma vez que seus direitos morais já são, infelizmente, sistematicamente violados, para garantir esses direitos, precisamos, acima de tudo, deixar de fazer uma série de coisas: deixar de usá-los como objetos e propriedade, deixar de explorá-los, deixar de criá-los artificialmente, deixar de caçá-los, deixar de usarmos os subprodutos da sua exploração. Mas também temos deveres positivos: lutar por mudanças; despertar consciências; promover o respeito aos animais não-humanos, enquanto indivíduos (e não apenas como membros de uma espécie); preservar o meio ambiente em que eles vivem; reparar, na medida do possível, os danos que lhes causamos em função da exploração deles e da natureza. Em outras palavras, nosso primeiro e principal dever perante os animais não-humanos é: sermos VEGANOS.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Segunda sexta vegan: 31/07/10

Cardápio:

Café da Manhã
- Suco de maçã

Almoço
- Alface (vários tipos)
- Tomate
- Cenoura
- Broto de feijão
- Bolinho de arroz
- Suco de limão

Lanche da tarde
- Chocolate meio amargo (sem leite)

Jantar
- Pão de queijo vegano tradicional
- Pão de queijo vegano de tomate seco
- Brigadeiro vegano

Impressões:

A segunda semana já foi bem mais fácil, mesmo com a obrigação de comer pratos veganos apenas na sexta, acabei realizando ao menos uma refeição vegana durante os outros dias. Na sexta feira, minhas escolhas já foram quase natural. Estou com a impressão que este processo será mais fácil do que eu imaginava.

Resisti:

Ao Hershey de Chocolate Branco Cookies, ao biscoito traquinas, aos salgadinhos de festa.

Experimentei:
- Bolinho de arroz
- Pão de queijo vegano de tomate seco
- Pizza veggie (champignon, azeitona preta, cebola, pimentão verde e orégano)
- Pizza tomate seco, rúcula e orégano
- Acarajé vegano
- Vatapá de abóbora

Despedidas da segunda semana

Sanduiche de peito de peru da Subway
McChicken Barbecue do McDonalds
Sanduiche de Picanha do Giraffas
Pizza da Dom Bosco
Chocolate Branco Batom Coockies
Milkshake de Coco McDonalds
Milkshake de Ovomaltine do Bob's
Milkshake de Prestígio do Bob's